31/10/10

Mais parece uma homenagem a Christo...


... do que uma indumentária racional... E se o preto nao fosse castigo, os elementos do sexo oposto nao se vestiriam de branco. Afinal nao estamos a falar de beduínos.
Valores e conviccoes consolidam-se com base na cultura de cada um. Daí eu nao conseguir prescindir de soutiens pretos, violetas, brancos, às florzinhas... Mas estes tem pelo menos uma funcao prática de luta contra a forca da gravidade (ora aí está um argumento incontornável!).

Momentos gastronómicos

Se eu nao acredito na vida eterna nem no demónio escondido na abóbora, porque hei-de celebrar o tal ritual, ainda para mais céltico, do All Hallows’ Even, hein?
Sai um pratinho de sopinha de abóbora, sff!

Habemos Inverno!

Enquanto em Portugal se digere (ou disseca!) a aprovacao de um orcamento que, como uma figura política de atestada sapiencia tao bem apontou, nao só vem confirmar a gravidade da actual situacao financeira do país, como também revela uma das maiores hipocrisias politico-estratégicas tornadas inevitavelmente públicas dos últimos tempos, eu questiono-me sobre as razoes aliadas à mudanca de hoje no relógio. Nao gosto de fenómenos forcados, faz-me lembrar o acordo ortográfico. Eu nao necessito de lembrete algum para saber que nos aproximamos a passos largos dessa inevitabilidade que é o Inverno, basta-me o olhar através da janela. Pelo vistos foi Benjamin Franklin a quem, pela primeira vez, terá ocorrido que a mudanca de horário teria um efeito benéfico ao nível da poupanca de energia, que se traduzia em velas no século XVIII. O tal do English Summer. A ideia terá sido implementada diversos anos mais tarde e rapidamente se propagou uniformemente a todos os países europeus.
Ora, na altura ainda nao tínhamos sido abencoados com aquecimento central. Alguém ainda terá de me provar que aquilo que se poupa em energia nas longas noites de Verao ultrapassará o consumo de aquecimento durante as manhas dos meses mais tenebrosos.
Por vezes, penso que já nao restam muitos a executar verdadeiros cálculos. Eu passaria muito bem sem... Mas hoje vingo-me da hora perdida no passado Verao!

30/10/10

Num exercício narcísico de partilha e protesto, crio este pedaco de blogosfera.

"Nunca vemos fenómenos puros; todo o fenómeno que nós observamos e que descrevemos para os amigos, excepto quando é matemática pura, nunca é um fenómeno. É uma autobiografia nossa, é uma confissao daquilo que somos e que vemos tal coisa desta ou daquela maneira, diferente de outros."
Agostinho da Silva

E aqui me encontro, de olhar fixo neste quadrado iluminado que espelhará os meus sentires. Sao os primeiros momentos, o instante do nascimento, qual génesis, mas sem pretensao consciente. Confronto a dureza da estreia, como despir a alma na primeira consulta psiquiátrica perante um estranho, que de reconfortante apenas apresenta um grau académico encarnado em papel e orgulhosamente exposto, para nao restarem dúvidas. E talvez uma empatia conquistada nos primeiros minutos. O maior desafio nao será escrever, mas ordenar estes pensamentos com vida própria de forma a que frases com nexo e minimamente interligadas surjam deste caos de sinapses. 
O espaco que agora reinvindico para mim nasce em resultado de uma incontrolável insatisfacao de ser megalómano. Estou absolutamente farta da imediatitude e da superficialidade de outras plataformas às quais me dedico religiosamente todos os dias. Aqui ninguém me limita o número de palavras.

Pretendo ser um mensageiro frequente.

27/10/10

Ulisses disse:

"Ó irmaos, que depois de cem mil perigos, chegastes ao ocidente, agora que é tao breve a vigília dos sentidos que ainda nos restam, nao queirais negar-vos à experiencia, seguindo o sol, do mundo inhabitado. Considerai a vossa origem: nao fostes feitos para viverdes como brutos, mas para alcancardes a virtude e o saber."

Nao posso descansar da viagem. Quero beber da vida até ao fim...