30/10/10

Num exercício narcísico de partilha e protesto, crio este pedaco de blogosfera.

"Nunca vemos fenómenos puros; todo o fenómeno que nós observamos e que descrevemos para os amigos, excepto quando é matemática pura, nunca é um fenómeno. É uma autobiografia nossa, é uma confissao daquilo que somos e que vemos tal coisa desta ou daquela maneira, diferente de outros."
Agostinho da Silva

E aqui me encontro, de olhar fixo neste quadrado iluminado que espelhará os meus sentires. Sao os primeiros momentos, o instante do nascimento, qual génesis, mas sem pretensao consciente. Confronto a dureza da estreia, como despir a alma na primeira consulta psiquiátrica perante um estranho, que de reconfortante apenas apresenta um grau académico encarnado em papel e orgulhosamente exposto, para nao restarem dúvidas. E talvez uma empatia conquistada nos primeiros minutos. O maior desafio nao será escrever, mas ordenar estes pensamentos com vida própria de forma a que frases com nexo e minimamente interligadas surjam deste caos de sinapses. 
O espaco que agora reinvindico para mim nasce em resultado de uma incontrolável insatisfacao de ser megalómano. Estou absolutamente farta da imediatitude e da superficialidade de outras plataformas às quais me dedico religiosamente todos os dias. Aqui ninguém me limita o número de palavras.

Pretendo ser um mensageiro frequente.

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