Enquanto Portugal se debate com mentalidades medievais em relacao ao interesse ou à vontade - ou melhor, a falta dele(a) - por parte das empresas em contratarem mulheres com descendencia (e eu que pensava, na minha ingenuidade feminina, que afinal a vida se tratava disso mesmo, de uma continuacao, de uma garante da propagacao da espécie, mas, pelos vistos e de acordo com 75% dos responsáveis portugueses de recrutamento na empresa, afinal nao será bem bem o caso... Momentos intensivos estes em que um mito é arrasado...), a Alemanha enfrenta problemas com o términus da vida. Sao já mais de 2 milhoes as pessoas idosas que necessitam de cuidados intensivos de saúde, em 20% dos casos administrados por familiares que, por razoes humanistas ou financeiras, nao as querem "despejar" em lares de acolhimento.
Também hierzulande as entidades empregadoras, salvo raras excepcoes, pouco ou nada apoiam estes casos. Ora, empresas nao sao corpos disformes, sem caras ou nomes. Isso sao os mercados, em funcao dos quais as decisoes sao tomadas. Há pessoas, de carne, osso e alma, que optam, assinam, delegam, decidem. Opcoes de curto prazo e intolerancia, como se nós, os seres humanos, nao estivéssemos condenados a viver mais, quaisquer que sejam as circunstancias.
Quando e porque comecámos esta desumanizacao dos paradigmas sociais e das mentalidades?
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